Comunicado – Posição Oficial da Tuna Sadina perante boatos infundados relacionados com a organização do Festival Acordes

A Tuna Sadina – Tuna Feminina da Escola Superior de Educação de Setúbal – vem pelo presente clarificar algumas situações dúbias, as quais – por falta de versão oficial e existência de várias versões erradas e ajustadas às vontades próprias de quem as difunde - têm vindo a prejudicar a imagem da nossa instituição.

Desde há 6 anos que organizamos o nosso festival de tunas femininas, o Acordes, e desde essa altura, tirando as nossas preocupações internas, nada abalou a organização e a imagem do mesmo, que sempre primou por uma boa organização! Este ano, isso não se verificou, tendo um certo desrespeito pelas tradições académicas, que sempre defendemos, começado a perturbar a organização, o bom funcionamento e, pensámos nós na altura, o sucesso do evento!

Por não termos conseguido a cedência do Fórum Luísa Todi em Março, para a realização do Acordes - altura em que festejamos o aniversário da nossa formação - organizámos este ano um evento de celebração do mesmo – Abraçar Setúbal – que consistiu numa noite de homenagem às vozes e aos cantares da cidade do Rio Azul, festejando, dessa forma, com quem nos dá esta garra e esta maneira de ser peculiar: as gentes de Setúbal.

Por esta altura tiveram início algumas acções, da maior falta de respeito que possa haver entre tunantes, as quais condenamos desde já, reforçando que da parte da Tuna Sadina, nunca nenhuma acção semelhante teve lugar. Antes do nosso aniversário foi arrancado um cartaz de divulgação do evento, que havia sido colocado na Escola Superior de Tecnologia, do Instituto Politécnico de Setúbal.

Este tipo de situações não são, a nosso ver, toleradas no meio académico. Não pretendemos amizades duradouras e muito menos falsas amizades. Nenhuma instituição é obrigada a gostar ou a dar-se bem com outra... No entanto, reforçamos novamente, a falta de respeito é das piores coisas que pode existir, principalmente no meio académico, onde os objectivos deveriam ser equiparados.

Sabemos quem arrancou esse cartaz e, mesmo assim, acção equivalente nunca será feita por nós. A essas pessoas só temos a dizer o quanto lamentamos que isso tenha acontecido e o quanto temos pena que sintam necessidade de praticar um acto desses.

Mais próximo do Acordes novas situações de desrespeito tiveram lugar, nomeadamente, mais cartazes, desta feita, referentes ao festival, foram arrancados. Gostaríamos de entender as razões para esta inimizade, mas não conseguimos.

Este ano, pela primeira vez, o Acordes teve dois dias, sendo o primeiro dedicado à recepção às tunas participantes e tendo como ponto alto um arraial, com churrascada e concerto por parte do grupo de Setúbal, Irmãos Cabanas.

Como todos os colegas tunantes devem ter noção, a organização de um dia de festival já é complicada (no que diz respeito a apoios e patrocínios) quanto mais de dois dias. Tivemos esta ideia no início do corrente ano e imediatamente começamos a estudar a viabilidade da mesma. Quando começamos a perceber que, possivelmente, não teríamos à vontade monetário suficiente para a realização do arraial, foi-nos proposto – reforçamos, foi-nos proposto – um apoio, ou empréstimo financeiro, como lhe queiram chamar, por parte do presidente e vice-presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal.

Esta conversa inicial tem, à data de hoje, cerca de um dois meses. Ao nos ter sido oferecido – repito, oferecido – este apoio decidimos seguir em frente e, para além da elaboração de cartazes, realizámos todo o tipo de diligências para a organização do dia.

Uns dias depois, para além do empréstimo, foi acordado entre a Magister da Tuna Sadina e o Presidente da AE EST, um patrocínio, o qual consistia na contratação conjunta da Banda Irmãos Cabanas, ou seja, cada instituição pagaria metade e, caso a Tuna Sadina tivesse lucro, pagaria a totalidade da banda.

A uma semana do evento, já com cartazes impressos, foi-nos dito pelo vice-presidente da AEEST que o símbolo da mesma não podia estar no cartaz e que não havia conhecimento prévio, nem aprovação do dito empréstimo e patrocínio.

Assumindo, que houve falta de comunicação entre membros da AEEST, aguardámos que a tal decisão (à partida, acordada verbalmente e com toda a certeza concedida) fosse tomada em reunião da Associação.

Esta decisão, que afinal foi negativa, chegou à Tuna Sadina quatro dias antes do Festival. Nem palco tínhamos, visto ter-nos sido dito que não era necessário tratar dessa questão.

Tendo chegado ao nosso conhecimento que circula, por entre os meios académicos do Instituto Politécnico de Setúbal, que fomos nós a colocar o símbolo da AEEST, sem autorização e sem conhecimento da mesma, como se fossemos umas quaisquer “caçadoras de patrocínios”, e tendo, acima de tudo, uma imagem a zelar, a Tuna Sadina nega desde já esses boatos infundados e lamenta que os mesmos estejam a ser difundidos, situação que só piora, ainda mais, a falta de respeito pelas instituições académicas da nossa cidade.

Reforçamos, então, que:

1 – O patrocínio/empréstimo não surgiu, de forma alguma, da nossa parte! Foi-nos oferecido.
2 – Não colocámos símbolo algum sem autorização, nem o facto do mesmo estar nos nossos cartazes foi um acto “tresloucado” de caça ao patrocínio.
3 – A Tuna Sadina conta já com 7 anos de existência, organiza um festival, da envergadura do Acordes, há 6 anos, logo não anda por aqui a “brincar” às tunas. Respeitámos sempre as restantes instituições do politécnico, sendo nós próprias merecedoras do mesmo respeito!
4 – Os motivos pelos quais existem inimizades para connosco são-nos totalmente alheios e para as faltas de respeito que temos vindo a ser alvo só temos uma resposta: Boa sorte para tudo o que organizarem! Esperamos que se apercebam ainda a tempo das atitudes que têm vindo a ter e que as corrijam, antes que, de um grupo, passemos todos a ser seres individuais a olhar para trás das costas à espera da próxima “facadinha”!

Ainda dentro do tema “Arraial”, para além da confusão gerada pela falta de comunicação da AEEST (supomos que seja este o motivo), teve lugar uma outra situação desagradável, igualmente com alunos da EST.

O Núcleo de Electrónica e Computadores (NEEC) decidiu organizar um arraial, que nos foi dito ser tradicional – embora nunca tenhamos ouvido falar do mesmo – no dia 12 de Abril, exactamente um dia antes do nosso arraial.... Mas até aqui tudo bem! O que chocou gravemente a Tuna Sadina foi a contratação da mesma banda – Irmãos Cabanas – para o seu arraial.

Este choque aumentou ainda mais, sabendo que o presidente do NEEC é igualmente tunante e padrinho da Tuna Sadina, sabendo à partida que as suas afilhadas se encontravam a organizar um festa, no dia seguinte, com a banda em questão.

Podíamos até pensar ter-se tratado de um mal entendido, como nos foi assegurado pelo presidente do NEEC, que reforçou não saber que já tínhamos contratado a banda em questão. No entanto – e faço minhas as palavras do vice-presidente da AEEST – a palavra das pessoas não vale nada hoje em dia, e confirmámos junto dos Irmãos Cabanas toda esta situação, conversa, da qual resultaram os seguintes factos:
- Os Irmãos Cabanas assinaram contrato com o NEEC no dia 9 de Abril – data posterior à nossa - e não em Janeiro como tem andado a circular.
- Quem telefonou para os contratar foi avisado que os Irmãos Cabanas tinham um concerto no dia seguinte na ESE, para a Tuna Sadina. Resposta do NEEC: Não faz mal!!!!!!!!!!

Por todos estes motivos, gostaríamos de reforçar que não andamos por aqui há dois dias e que tudo o que conquistámos, conquistámos pelo nosso esforço!!! Nunca passámos por cima de ninguém, nem nos sentimos ameaçadas por ninguém!!

Lamentamos todas estas situações, que nos chocaram e magoaram, porque ainda acreditamos no Espírito Académico, no respeito e no apoio mútuo entre irmãos tunantes! Não precisamos de gostar uns dos outros, mas precisamos de nos respeitar e apoiar, porque se não remarmos todos para o mesmo lado vamos entrar em tempestades feias e desnecessárias.

Acabamos este comunicado com a certeza de que a nossa consciência está tranquila. Ele será um acto isolado e sem resposta! Não há nada mais para argumentar. Esta é a nossa versão – a verdadeira – e para além dela só iríamos entrar em discussões inúteis.

Concluindo, a partir deste momento, e enquanto a direcção da AEEST for a actual, a Tuna Sadina recusa-se a participar em actividades organizadas pela mesma, exceptuando-se o Festival Bocage e actividades de co-organização, como Queima das Fitas e Serenatas.

As razões para a participação nos eventos em questão prende-se com o que já foi referido! A Tuna Sadina preza e respeita as tradições e o Espírito Académico e só por respeito para com a nossa tuna madrinha, a ESTuna, e os alunos deste nobre instituto Académico, estaremos presentes, naquelas que são actividades enriquecedoras e merecedoras do nosso respeito.

Com os melhores cumprimentos,

Saudações Académicas,

Tuna Sadina